sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
CACOS prepara Semana do Calouro 2009/1
Por ordem da ANP, militantes são espancados e presos durante manifestação no Rio contra leilão do petróleo
Fonte: Agência Petroleira de Notícias
Veja fotos da atividade em www.apn.org. br
Cerca de 50 feridos e três pessoas detidas. Esse é o saldo – até agora computado - deixado pela violenta reação da Polícia Militar do Rio de Janeiro e da Guarda Municipal, durante uma manifestação pacífica, por volta de meio dia, nesta quinta, 18, na Avenida Rio Branco, em protesto contra a 10ª Rodada de Licitação do Petróleo.
Depois de receberem uma ordem de despejo, ontem à noite (17) para desocupar o Edifício Sede da Petrobrás, no Rio, os manifestantes – cerca de 500 pessoas - dirigiram-se para a Candelária, que fica perto da Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável pela realização dos leilões das áreas petrolíferas. Em seguida, a manifestação prosseguiu pela Avenida Rio Branco, em direção à Cinelândia.
A violenta reação da Polícia Militar e da Guarda Municipal surpreendeu os manifestantes que foram espancados durante toda a caminhada pela Avenida Rio Branco. Até agora os organizadores da manifestação, convocada pelo Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, que reúne dezenas de entidades, confirmam a detenção de três pessoas: Emanuel Cancella, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro- RJ); Gualberto Tinoco (Piteu), da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas): Thaigo Lúcio Costa, estudante de jornalismo da Universidade de Santa Cecília, de Santos. Dentre os feridos, está hospitalizado, com um corte na cabeça, no Souza Aguiar, o diretor do Sindipetro-RJ Eduardo Henrique Soares da Costa. Um militante do MST quebrou o braço, ao ser espancado pela PM. As entidades que compõem o Fórum ainda estão fazendo o levantamento do número de feridos e estão tentando localizá-los. Muitos ainda não foram encontrados.
Desde a ordem de despejo, vinda da presidência da Petrobrás, ontem à noite, os manifestantes sentiram a animosidade das forças de repressão, mas não esperavam ação tão agressiva, contra uma simples manifestação de protesto. Um dos detidos, o coordenador do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, declarou:
"Nós acabamos de viver um momento que remonta à sombria época da ditadura militar. O Capitão Moreira me deu ordem de prisão, mesmo eu dizendo que era advogado. Ele bateu muito em mim. Algemou o Pitel e o estudante e os policiais feriram gravemente nosso companheiro Eduardo Henrique". Emanuel Cancella está com um braço fraturado e costelas. Por de 14 horas estava concluindo o seu depoimento na 1ª DP, na Rua Relação, 42. Logo seria encaminhado para exame de corpo delito. A partir das 14h30, a Rádio Petroleira transmitirá flashes ao vivo.
Participavam da manifestação no Rio, parte de uma jornada de Lutas pela suspensão do leilão do petróleo, iniciada desde o dia 14 – no dia 15, houve a ocupação do Ministério das Minas e Energia, em Brasília, pela Via Campesina e petroleiros – representantes de dezenas de entidades que compõem o Fórum, dentre as quais: Sindipetro-RJ, Sindipetro-Litoral Paulista, MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) , MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados) , FIST (Federação Internacionalista dos Sem Teto), FOE (Frente de Oposição de Esquerda da União Nacional dos Estudantes), as centrais sindicais Conlutas, Intersindical e CUT, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), o Centro Estudantil de Santos, movimentos de estudantes secundaristas do Rio de Janeiro. A campanha "O Petróleo Tem que ser nosso" continua.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
*CARTA ABERTA SOBRE O ADIAMENTO DO COBRECOS
*Esta carta foi formulada pelo coletivo que é próximo ao CACOS
O Movimento Estudantil infelizmente é característico por sua dificuldade em ter memória das suas ações. Em 2007 a Enecos decidiu por adiar o Seminário de Porto Alegre, atitude que em conjunto avaliamos ter causado um número menor de participantes do que na data prevista anteriormente.
Avaliamos que adiar o Cobrecos hoje teria um efeito similar ou pior nos estados e escolas que já estão se mobilizando, elegendo delegados, verificando valores de ônibus e preparando toda a logística de centenas de estudantes de diferentes estados e realidades, ainda mais faltando pouco mais de um mês para a data prevista.
É sabido que o momento de refluxo vivido pela esquerda faz com que todos os encontros enfrentem muita dificuldade tanto em relação à mobilização quanto à estrutura. No entanto, isso não deve impedir que eles ocorram. Pelo contrário, é necessária uma dedicação extra por parte dos CAs, DAs, Coordenadores Regionais e grupos que constroem a Enecos, na perspectiva de contribuir para que essa situação no Movimento Social e no MeCom se reverta.
Nesse sentido, devemos trabalhar para que o Cobrecos seja o mais viável possível e por isso ele deve ser realizado em época de férias, quando os e as militantes tem maior possibilidade de se deslocar e estar de férias do estágio e faculdade. Além disso, é importante lembrar o papel central que o Cobrecos cumpre na estrutura da executiva, uma vez que deve deliberar os posicionamentos políticos e ações da Enecos, além de dar posse à nova gestão da Executiva.
Por isso, acreditamos ser viável e necessária a realização do Cobrecos na data prevista, apesar das dificuldades encontradas, uma vez que devemos garantí-lo e não repetir o erro de 2007, pois o Cobrecos tem tarefa fundamental a cumprir na organização do Mecom.
Assinam esta carta:
Bruna Pinheiro - UFMT
Caio Zinet – PUC/SP
Camila Chaves – UFMA
Fábio Nassif – PUC/SP
Fernando Rotta – PUC/RS
Filippo Cecílio – PUC/SP
Gabriela Moncau – PUC/SP
Gustavo Assano – PUC/SP
Isabela Sander – PUC/RS
Julia Otero – PUC/RS
Laion Spíndula – PUC/RS
Lara Abib – Comissão Eleitoral Nacional da ENECOS e UFES
Luana Soutos - UFMT
Luka Franca – PUC/SP
Mariana Freitas - UFMT
Marcela Rocha – Coordenadora Regional SE1 da ENECOS PUC/SP
Marília Cancelli – Unisinos/RS
Marina D'Aquino – Comissão Eleitoral Nacional da ENECOS PUC/SP
Naiady Piva – UFPR
Paula de Paula – Coordenadora Regional SE1 da ENECOS e PUC/SP
Pedro Ribeiro Nogueira – PUC/SP
Rafael Thomé – PUC/SP
Raissa Genro – PUC/RS
Rodrigo Borges Delfim – PUC/SP
Sandra Ferreira - UFMT
Valério Paiva – Coordenador Regional SE1 da ENECOS e PUC/S