Estiveram presentes vários estudantes na aula sobre o Fórum pela Democratização da Comunicação que aconteceu hoje de manhã no "auditório" (as aspas são porque aquilo não chega a ser um auditório, é mais um sala grande mesmo) do IL. A idéia era que fosse uma mesa com inscrições e tudo mais, mas a coisa ficou tão espontânea que acabou virando uma rodona mesmo, onde todos podiam falar e ouvir como iguais.
Quem abriu a discussão foi a professora Keka Weneck, presidente do sindicato dos jornalitas de Mato Grosso. Ela explicou toda a situação das concessões, como a fiscalização de tudo isso não acontece de modo limpo e claro e disse que "quem manda na imprensa é o povo, embora ele não saiba disso". Foi colocada também a história do Fórum, como ele começou e como hoje ele volta com força total, puxado pelo Conselho Regional de Psicologia e por várias entidades interessadas em ver a mídia uma mídia mais democrática. São exemplo destas a CUT, a UNE, a UBES, o Sindjor, a Adufmat, o MST e o CACOS, que assina pelo Fórum recentemente.
A secretária do Sindjor, Márcia Raquel, pontuou várias situações onde a concessão foi utilizada de modo indevido por parlamentares ou por instituições religiosas. Afirmou também que perante a constituição é proibido que políticos sejam donos de concessões ou que sejam veiculados programas de cunho religioso. Isso mostra novamente como é falha - para não dizer falsa- a fiscalização destes meios de comunicação.
Ocorreu a algum tempo atrás um debate promovido pelo Sindicato dos Jornalistas que colocava em xeque a questão de parlamentares que possuem programas de televisão. Os quatro que possuiam eram também aspirantes a candidatos a prefeito em Cuiabá e todos foram convocados para participar da discussão. Sem exceção, cada um assinou um documento em que se comprometia em comparecer no evento, porém no momento, todos afirmaram possuir compromissos inadiáveis e nenhum apareceu.
A estudante de jornalismo Dafne Henriques, representante do CACOS na mesa e responsável por articular o CA com o Fórum, iniciou um debate sobre colocar ou não limites na programação da televisão utilizando destes casos dos parlamentares e do caso da morte da pró-reitora e do prefeito do campus da UFMT Rondonópolis que foram assassinados e uma emissora de televisão mostrou cenas ao vivo do prefeito agonizando antes de falecer.
Houve alguns momentos de tensão durante o debate, mas nada que não fosse somente um conflito de idéias. O estudante de radialismo Bruno colocou que se caso tentássemos trabalhar contra este sistema imposto estaríamos correndo o risco de não ter emprego. Muitas pessoas discordaram e pontuaram que é exatamente este tipo de pensamento que faz as coisas continuarem como estão.
No geral, a participação dos estudantes foi proveitosa e quem não compareceu perdeu a chance de aprender um bocado sobre os bastidores da imprensa cuiabana e brasileira.
Em breve colocares as fotos da aula!
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